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QUEM É SILAS FIGUEIREDO?

O 1º Festival Nacional de Teatro de Passos tem como homenageado o grande artista Silas Figueiredo. É reconhecido como uma das principais figuras da cidade. Ajudou na evolução de Passos e trouxe muita arte e cultura aos cidadãos.

Nascido na cidade de Boa Esperança (MG), no dia 23 de fevereiro de 1949, Silas Roberto Figueiredo veio para Passos com sete anos de idade, em 1956, junto com sua família, onde era o sexto filho de sete. Em entrevista dada à aluna do curso de Jornalismo da UEMG – Unidade Passos, Júlia Moraes, seus irmãos Salvador Marinho Figueiredo, 72 anos e Stanley Jones Figueiredo, 74 anos.
Salvador mostrou parte das coisas que Silas deixou: fotos, roteiros, gravações, recortes de jornal. O irmão guarda e organiza tudo relacionado ao irmão. Em sua casa, há uma grande quantidade de álbuns e documentos contendo informações e lembranças do ator, cada um deles extremamente significantes para a sua memória. 
É enorme a contribuição de Silas Figueiredo para a cidade de Passos, é preciso relembrar a sua história, para que se possa entender ao menos um pouco do que ele realizou. Quando jovem, participava de muitas atividades estudantis, além da organização de bailes, desfiles, carnavais e outras atividades de conteúdo artístico e cultural. Segundo Salvador, Silas gostava e participava de todo e qualquer evento da cidade.
Outro irmão de Silas também falou sobre ele. É o comerciante Stanley. Ele conta que no teatro passense, Silas atuou e participou da direção desde 1970, e fez bastante teatro em Passos.
“O Silas fazia teatro amador, ele nunca foi profissional. Ele se dedicou muito ao teatro em Passos, fazia fora também, ele ia a cidades que tinham teatro de outras maneiras.”
Ao falar do irmão, Stanley fica levemente emocionado, com dificuldade em encontrar palavras, diz que ele “tinha que ter vivido muito mais. Morreu de uma maneira que deixou a gente muito chocado, né? Foi assassinado. Em 13 de setembro de 2002 faleceu, vítima de um trágico assassinato”, disse Stanley. 
O Teatro Rotary permaneceu e foi cuidado por Silas por muito tempo. “Ele começou a fazer teatro, a aprender, como um autodidata. Ele trabalhou muito também para que o teatro existisse aqui em Passos, tirava dinheiro dele mesmo para fazer com que o teatro Rotary funcionasse, teve uma época em que o teatro ficou muito estragado, o Silas trabalhou para poder reorganizar o teatro”, afirma o irmão mais velho de Silas.
Apesar de ter morrido jovem, é impressionante a quantidade de coisas que alcançou, viajou por cinco continentes, além de ter sido ator, professor, diretor, membro da Prefeitura Municipal de Passos e organizador de diversos eventos, responsável por cativar muitas pessoas. Salvador relata que “a pessoa conhecia e conversava com ele uma vez, e ficava apaixonada pelas coisas que ele falava, o jeito que ele conversava sobre tudo.”
O ato de homenagear uma pessoa como ele, um ator consagrado e de personalidade única e cativante, tão significativo para a história da cidade, é valorizar a memória e a enaltecer de forma adequada para que os jovens dessa geração possam ter acesso a tudo isso.

SILAS FIGUEIREDO

Primeiro ano no Grupo Escolar Wenceslau Brás  - 10/08/1957 – Passos (MG) – Silas aos 8 anos

Texto: Julia Moraes e Nathália Araújo, alunas do curso de Jornalismo da UEMG Unidade Passos

Edição: Adriana Dias 

Fotos: Arquivo de Família

QUEM É JAIR SOARES JUNIOR?

No dia 3 de junho, numa tarde refrescante com um sol tímido, Jair Soares Junior recebeu em seu atelier os alunos do 3º período do curso de Jornalismo da UEMG Unidade Passos, Paulo Otávio e Vanessa Martins para um bate papo descontraído sobre sua vida e sua participação no 1º Festival Nacional de Teatro de Passos.
Jair ou Junior, como é conhecido, é natural de Carmo do Rio Claro – um carmelitano que leva o nome da cidade e suas belezas e artes para o mundo a fora. Ele conta que morou e estudou em São Paulo. Também foi por um ano e meio morar no Amazonas e chegou a morar e trabalhar na Itália.
Hoje, aos 49 anos trabalha como artista plástico, historiador, é cantor e compositor e teve participações em festivais e também carrega no seu currículo o título de design têxtil. Sua graduação é em História, e especialização em História da Arte e História Cultural.
Sobre família, Jair Junior aponta que família e amizade são palavras ligadas uma a outra. “É necessário ter amizade em família”, explica.
A decisão de voltar a morar em Carmo do Rio Claro é uma resposta fácil, segundo Junior. “Sempre gostei de trabalhos manuais. Após uma temporada trabalhando na Itália, decidi voltar ao Carmo para dar seqüência aos meus trabalhos”, acrescenta.
Questionado se já ganhou algum prêmio com suas artes, Jair conta que sim. “Prêmio de designer têxtil em São Paulo, categoria artesanato. Duas vezes premiado em Carmo do Rio Claro, categoria melhor música local.
Participação no Festival das Fronteiras na Colômbia, conquistando o 2º lugar na categoria intérprete e o 4º lugar na categoria música”, lembra.
Para Junior a felicidade é um aspecto de sobrevivência. “Procuro ser feliz. Estamos vivendo e lutando para sobreviver. Felicidade é uma fração mínima de uma luta constante. Há uns dias atrás li isso e acho que essa frase resume bem o que eu penso e sinto quando o assunto é felicidade”, disse, ao mostrar algumas das máscaras que estarão em exposição no festival.
E sobre o festival, Junior conta como surgiu o convite para a concepção e criação dos troféus do 1º Festival Nacional de Teatro de Passos. “Tenho uma relação com o teatro de Passos desde a produção da peça Auto Da Paixão. Fiz as máscaras que foram utilizadas nas apresentações. Desde então criamos uma relação. A idéia do troféu em si já veio pronta e a partir disso fiz uma modelagem, uma reprodução do busto de Dionísio feito com argila terracota e acabamento em ouro. Já a base foi feita por Marco Ajeje, em madeira”, salienta.
Para o artista trabalhar com Marco Ajeje foi um presente. “Somos amigos da vida toda. Nos conhecemos há mais de 20 anos. Juntamos nossas ideias e trabalhamos juntos. Foram dias incríveis na mineira Tiradentes”, afirma.
Para finalizar, Junior disse ser gratificante participar do festival. “Eu sempre gostei de bibliotecas, livrarias, teatro e sou muito próximo de tudo isso. Passos tem uma história de teatro, um grande envolvimento. Estar em meio a tantos atores, atrizes, escritores e diretores como Maria do Carmo Soares e Gabriel Villela é ótimo. Esse festival é muito importante para toda a região e não é à toa que Passos foi escolhida para sediar esse evento. Passos é um cenário artístico”.

Texto: Vanessa Martins 
Edição: Adriana Dias 
Fotos: Paulo Otávio

QUEM É DIONÍSIO?

 

Dionísio é um dos deuses mais conhecidos da mitologia grega. Ele é o Baco da história greco-romana. Quem nunca ouviu falar do alegre e espirituoso deus do vinho, do entusiasmo, da fertilidade (neste caso relacionada a agricultura, mais especificamente às árvores frutíferas) e deus do teatro?

Representado sempre bebendo em um chifre e com ramos de videira. Filho de Sêmele, neto do fundador de Tebas, o rei Cadmo. Dionísio é filho do deus do Olimpo, o grande Zeus, que se disfarçou de homem para seduzir a bela tebana.

Quando Hera, esposa de Zeus, descobriu sobre a gravidez de Sêmele, disfarçou-se de criada da jovem e fingiu duvidar veementemente da origem divina do bebê que Sêmele carregava no ventre, convencendo a jovem a pedir uma prova da divindade de seu amado.

Zeus, o deus do trovão, deveria apresentar-se a Sêmele em sua forma divina. Este não era nada mais do que um ardil de Hera para acabar com a vida da mortal, pois o brilho de Zeus fez com que a jovem virasse cinzas. Mas Zeus, no entanto, conseguiu salvar o bebê do ventre de Sêmele e terminou a gestação do garoto em sua panturrilha.

Quando Dionísio nasceu, Zeus entregou-o a Hermes que deu o bebê para um casal criar, mas quando Hera descobriu que havia sido enganada levou o pai adotivo à loucura. Zeus transformou o garoto em cabrito para enganar a esposa e o mandou para ser criado por ninfas na Ásia. Quando Dionísio cresceu, descobriu como transformar uva em vinho e antes de retornar à Grécia viajou por muito tempo pela Ásia ensinando aos mortais sua arte. Assim o jovem Dionísio teria se tornado o deus do vinho.

Em homenagem ao alegre deus do vinho, os gregos faziam grandes festas. Nestas festas os adoradores do deus dançavam uma dança de saltos ou dança de abandono que representava o êxtase causado pelo vinho. Tal dança era acompanhada por movimentos dramáticos e hinos cantados em coro. Nasceram assim, as famosas Dionísias Urbanas.

O instrumento musical tocado nas Dionísias Urbanas era a flauta, era utilizado um verso chamado Ditirambo e o hino era acompanhado de uma dança coral cuja coreografia possuía movimentos ilustrativos. Os participantes usavam máscaras (as personas) que simbolizavam a transformação dramática.

Foi, portanto, nas Dionísias Urbanas que surgiram as primeiras manifestações do teatro, por isso Dionísio é também considerado o deus do teatro. O Teatro de Dionísio foi o mais importante dos teatros da Grécia antiga, é considerado o berço do teatro ocidental e da tragédia. Situa-se na encosta sul da Acrópole de Atenas. Seu nome é devido a Dioníso. Foi lá que foram apresentadas as célebres tragédias clássicas de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. O teatro fazia parte do santuário de Dionísio, que se estendia ao sul da Acrópole, e foi construído no século V a.C. No princípio tinha apenas um local para a orquestra, em terra batida, um palco construído em madeira e os espectadores se acomodavam nas encostas naturais do terreno. Em 410 a.C. foram construídas arquibancadas em madeira. A construção em pedra, que ainda podemos admirar hoje em dia, é de cerca de 330 a.C. Arquibancadas de pedra substituíram as de madeira, uma cena e uma orquestra de mármore foram acrescentadas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O teatro possui 78 fileiras de assentos em pedra e oferece lugar para 17.000 espectadores. A primeira fileira, com 67 lugares em mármore, era reservada aos dignitários presentes.

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